Por que a apuração de impostos é importante e quais os mais cobrados?
É muito comum encontrar empresários e gestores insatisfeitos por causa de problemas na apuração de imposto. Geralmente, são enormes as dificuldades para conciliar dados das filiais e departamentos, o que torna as operações tributárias vagarosas e desorganizadas.
Em consequência desse caos, ocorrem atrasos, multas e até mesmo o risco de ter o funcionamento paralisado pelos órgãos arrecadadores. Mas o que fazer para sair dessa? Bom, assim como você faz a gestão de pessoas, de recursos, de custos e relacionamento com clientes, é fundamental instituir uma gestão tributária de qualidade. Quer entender como melhorar a apuração de imposto de uma vez por todas? Então continue a leitura deste post!
Qual é o impacto da apuração de imposto na situação financeira?
Empreender exige desafios múltiplos, muito além do negócio principal. Diante disso, a empresa tem de cumprir as leis referentes a impostos e contabilidade, não apenas conquistar espaço de mercado em seu nicho de atuação.
Pendências com o fisco acertam o fluxo de caixa em cheio: a começar pelas multas e juros! Mas não é só isso: para fechar negócios interessantes e atender clientes de grande porte, é preciso apresentar certidões negativas de débitos. Se você estiver em dívida com a Receita, estados ou municípios, não terá como usar esse documento a seu favor.
Por outro lado, ficar em dia com os tributos representa boas chances de economia. Assim, é viável aproveitar incentivos e isenções fiscais, encolhendo as despesas tributárias. Em resumo, não dá para ter uma gestão financeira eficiente sem uma apuração de imposto organizada e atualizada.
Quais são os tipos de regimes tributários disponíveis?
O primeiro passo para uma apuração de impostos saudável é a escolha correta do regime de tributação. Essa decisão é crucial porque modifica a quantidade a ser paga de tributos. Nesse contexto, existem dúvidas sobre qual modelo escolher, já que no Brasil existem três opções. Porém, saiba que nenhuma delas é melhor do que a outra. Na realidade, para cada tipo de negócio, existe um regime que atende de forma mais adequada. Veja quais são as alternativas a seguir:
Lucro Real
No regime de Lucro Real, os impostos recaem sobre os ganhos da empresa de forma direta. Para as corporações que faturam ou obtêm receitas de mais de R$ 78 milhões anuais, esse enquadramento é compulsório.
Lucro Presumido
Já o Lucro Presumido é destinado às organizações com lucros de até R$ 78 milhões ao ano. Nesse caso, existem algumas diferenças de contagem do IRPJ e da CSLL. Assim, imagina-se um ganho — daí o nome ‘presumido’ — e em cima dessa estimativa cobram-se os impostos. Os porcentuais de IRPJ e CSLL oscilam conforme o segmento, em índices que vão de 1,6% até 32% do faturamento previsto.
Simples Nacional
Por sua vez, o enquadramento no “Simples Nacional” é destinado às microempresas e às empresas de pequeno porte. Dessa forma, podem optar por essa categoria as corporações com faturamento de até R$ 4,8 milhões ao ano.
Nesse sistema, os porcentuais cobrados são menores e unificados, por isso o modelo foi batizado de “simples”. Nessa situação, todos os débitos tributários ficam reunidos em uma guia chamada de DASN (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).
Quais são os impostos mais cobrados?
O Brasil tem uma das tributações mais pesadas e complexas do planeta, com incontáveis taxas. Isso sem falar nas regras em torno dessas cobranças, que estão sempre mudando. Por esse motivo, é fundamental manter o controle para não se perder nos cálculos. Ou seja, é necessária uma verdadeira administração fiscal, que garanta procedimentos rápidos e corretos. Nesse sentido, é bom que o gestor conheça quais são os principais tributos. Observe!
CSLL
Uma das mais taxas conhecidas é a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), que é cobrada conforme o valor do lucro obtido. Porém, os porcentuais oscilam de acordo com o regime tributário adotado. Concebida para custear a seguridade social, ela tem um porcentual mínimo de 9% sobre o faturamento, podendo alcançar os 15% no caso das instituições financeiras.
IRPJ
O IRPJ (Imposto de Renda Pessoa jurídica) tem incidência sobre os lucros e rendimentos de capital, com alíquota de 15%. No entanto, para ganhos superiores a R$ 20 mil mensais, ela é acrescida em mais 10%.
ICMS
Por sua vez, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é um tributo cobrado pelos estados sobre produtos e serviços que ultrapassam as fronteiras interestaduais. Nesse caso, mensalmente ocorre o recolhimento, em porcentagens que oscilam de 7% a 18%.
IPI
Já o famoso IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) recai sobre o valor das mercadorias produzidas pelas indústrias, bem sobre aquelas que são importadas. As alíquotas também mudam bastante de acordo com o perfil do produto.
PIS
Também está entre os tributos mais conhecidos o PIS (Programa de Integração Social), que é gerado em função da receita bruta. Ele custeia os fundos como o do Seguro-Desemprego e do Abono Anual.
COFINS
Já a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) financia programas sociais, como já diz o próprio nome. Nesse caso, as alíquotas são de 3% no regime de tributação “Lucro Presumido”. Já no modelo “Lucro Real”, o valor sobe para 7,6% dos ganhos.
ISS
Por fim, chegamos ao final da nossa lista, com o tão falado ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza), arrecadado pelas prefeituras sobre os serviços desenvolvidos no âmbito das cidades. Para esse tributo, são recolhidos entre 2% e 5%, mas os valores mudam de um município para o outro.
Quais são os erros mais comuns na gestão tributária?
Como já dissemos neste post, a apuração de imposto no Brasil é bastante complexa. Dependendo do ramo de atuação, esse grau de dificuldade se intensifica. Hoje em dia, com os negócios escaláveis sendo cada vez mais comuns, os compromissos fiscais podem se tornar verdadeiras odisseias.
Por esse motivo, a solução mais sensata tem sido a adesão a ferramentas de TI que automatizam os cálculos e ainda fazem conexão com os softwares dos órgãos arrecadadores, como os programas da Receita Federal. Assim, é possível evitar grande parte dos erros na gestão tributária. Veja a seguir quais são os principais equívocos na apuração de impostos.
Precificação errada
A empresa forma seus preços levando em conta suas despesas de produção e se esquece de colocar nessa conta os gastos com tributos. Como os impostos no nosso país são altos, isso acaba tendo um enorme impacto na gestão de custos, inclusive com a inviabilidade financeira do negócio em alguns casos.
Falta de planejamento tributário
Na realidade, a gestão tributária deve ser executada com a mesma seriedade da gestão estratégica ou de qualquer outra. Assim, é possível fazer um planejamento da apuração de imposto, utilizando soluções de TI e terceirizados que são especialistas no assunto.
Dessa forma, a organização consegue aproveitar todos os incentivos e isenções fiscais disponíveis. Com os prazos em ordem, também evita-se as multas e os juros. Por esse motivo, é um erro tocar a questão tributária no improviso.
Regime tributário incompatível com a empresa
Na maioria dos casos, o modelo do “Simples Nacional” atende bem às pequenas empresas. Contudo, não é bom deixar de analisar os demais enquadramentos antes de tomar a decisão. Afinal, os valores mudam de acordo com o lucro, o porte e a atividade desenvolvida. Assim, definir a categoria de tributação sem muito critério é mais uma falha na hora de gerenciar as responsabilidades fiscais.
Esquecimento e erros nas obrigações acessórias
Mais uma falha comum na apuração de imposto tem a ver com as obrigações acessórias, que são algumas informações envolvendo as transações comerciais. Assim, os impostos incluem as obrigações principais — pagamentos propriamente dito — e os dados referentes às movimentações — obrigações acessórias.
Esses são exemplos de obrigações acessórias, demonstrações contábeis e a folha de pagamento. O descumprimento dessas imposições burocráticas acarreta multas e outras penalidades por parte do Fisco.
Portanto, a apuração de imposto bem-feita é vital para uma situação financeira saudável. Nesse contexto, vale a pena investir em meios para ter uma operação fluída, segura, concisa e transparente. Com a ajuda da tecnologia, tudo fica mais simples.
Por fim, programas calculam os dados automaticamente e ainda revelam as inconsistências em tempo real. Gostou do post? Quer ficar sempre por dentro de temas relevantes para os negócios? Então curta a página da Iuven no Facebook!